Planejamento Financeiro: tudo que você precisa saber
Você quer economizar e guardar dinheiro, mas não sabe por onde começar? Se esse é o seu caso, a solução é fazer um planejamento financeiro. Isso é essencial para quem deseja ter independência, contas equilibradas e, até mesmo, abrir o próprio negócio. Independentemente de qual seja o seu objetivo, é importante estabelecer quais os ganhos e gastos para investir nos seus projetos.
Elaborar um plano financeiro ajuda a entender a sua situação atual, cria os passos necessários para atingir as metas e identifica quais os melhores caminhos para conquistar esses sonhos. E o melhor é que isso serve para todos os tipos de pessoa. O que importa não é o quanto você ganha ou no que trabalha atualmente, mas sua força de vontade e determinação para seguir esse planejamento.
E, seguindo esse plano, passo a passo, diariamente, o sucesso será garantido! Quer saber o porquê? Porque você terá uma vida mais organizada, sentirá satisfação pelas suas conquistas, sairá do vermelho e estará preparado para o futuro.
Além disso, pesquisas mostram que a falta de organização financeira e o acúmulo de dívidas são responsáveis por brigas conjugais em 40% dos casais brasileiros e por problemas como ansiedade, estresse e baixa autoestima.
Para evitar essas situações ou dar um adeus definitivo aos transtornos envolvendo dinheiro, vamos explicar os motivos de fazer um planejamento financeiro, como e quando é ideal começar e dicas rápidas para você não perder tempo organizando suas finanças!
Afinal, o que é o planejamento financeiro?
Entender onde você está e em qual lugar quer chegar é o ponto de início do planejamento financeiro. É nessa etapa que são determinadas a situação atual e as metas. Por isso, pense e seja honesta nessa fase inicial. Por exemplo, não adianta dizer que está com as contas em dia e que não tem dívidas se a realidade é o contrário.
Para ter as finanças organizadas, é preciso que você saiba exatamente quanto recebe e quanto gasta. Coloque no papel, em uma planilha ou no celular, todo o seu rendimento, que pode ser recebido por meio de salário, bicos, aluguel e venda de bens, como imóvel ou carro.
É importante também colocar os valores que estão aplicados, seja na poupança, seja em qualquer outro tipo de investimento. Some tudo isso para definir quanto você ganha.
Da mesma forma, faça uma lista com todas as suas dívidas e gastos. Sim, essa é a parte mais complicada, porque muitas vezes perdemos a noção do que e em que estamos gastando.
O primeiro passo pode ser identificar aquelas contas anuais, como o IPTU e o IPVA, o seguro do carro e as matrículas escolares dos filhos. Depois, escreva o que é preciso pagar mensalmente, como o valor da prestação de um apartamento, a parcela do financiamento do carro, o aluguel e o condomínio, a mensalidade escolar ou dos cursos, entre outros. Somando todos esses valores, é possível saber o gasto total.
Faça um pequeno cálculo inicial: renda total menos o gasto total. Qual será o resultado? Sobrou algum valor, toda a quantia foi gasta ou faltou dinheiro? Independentemente da resposta, saber quanto se tem e o quanto pode gastar é o início do processo para ter as finanças organizadas. Agora, vamos mostrar as opções para manter essas informações atualizadas constantemente.
Como guardar suas informações?
Determinar quanto ganha e gasta não é um processo para ser feito apenas uma vez. O ideal é ter um controle mensal, anotando as despesas, inclusive aquelas que são feitas diariamente. Parece exagero, mas não é. Muitas vezes, perdemos a noção de quanto os pequenos valores gastos significam no final do mês ou do ano.
Por exemplo, tomar todos os dias um café que custa R$ 3,50 pode ficar caro em um ano, já que o valor total gasto seria de R$ 1.277,50. Questione se você pode ou gostaria de ter esse custo anual no seu orçamento. Isso não significa necessariamente que é para abolir esse cafezinho, mas, sim, ter consciência do quanto ele realmente impacta no seu orçamento, até mesmo para ajudar nas suas escolhas.
Dessa forma, fique atenta e anote os pequenos gastos. Se você tem um parceiro, filhos ou divide as despesas com alguém, inclua todos no projeto para saber exatamente onde e em que o dinheiro está sendo usado.
Por que é importante definir ganhos, gastos e metas?
Para fazer o planejamento financeiro, é essencial ter anotado, no computador, no celular ou na agenda, os ganhos, gastos e metas. Sem esse controle, não será possível alcançar seus objetivos e sonhos. Encare isso como a criação de um contrato pessoal consigo mesmo e tenha responsabilidade de cumprir com o que está determinado nele.
Com essa organização, é possível antecipar-se aos problemas e não ser pega de surpresa se acontecer algum imprevisto durante esse caminho. Isso é mais indispensável ainda se você pretende ter um negócio e se tornar sua própria chefe porque, nesse caso, haverá outros fatores envolvidos, como fornecedores, funcionários, clientes e serviço.
Já identificou a renda e as despesas? Vá para o próximo passo e defina suas metas, objetivos e sonhos. Tire um tempo para você e reflita sobre onde gostaria de chegar na sua trajetória profissional ou pessoal. Sua ideia é ter um negócio e abrir uma franquia? Ter uma renda extra? Viajar mais? Guardar dinheiro para a educação dos seus filhos? Garantir um futuro tranquilo na velhice?
Existem inúmeras opções e, para quem está um pouco perdido, algumas dicas sobre como definir essas metas podem ajudar!
Como traçar objetivos e sonhos?
Sonhar é muito bom, mas é necessário ter o pé no chão quando se trata de dinheiro. Por isso, seja realista em relação à possibilidade de alcançar suas metas, objetivos e sonhos. Com o quanto você ganha é viável atingir o que deseja? Se a intenção é trabalhar com o próprio negócio, um bom começo é pesquisar alternativas mais em conta e rentáveis, como as franquias.
Independentemente do que escolha, o passo seguinte é definir metas financeiras de curto, médio e longo prazo. Metas de curto prazo (entre 1 e 2 anos) são, por exemplo, criar reservas para despesas de emergência e pagar ou negociar dívidas. Casamento, compra de um carro ou imóvel são consideradas metas de médio prazo (entre 3 e 5 anos). Já economizar dinheiro para ter uma velhice tranquila pode representar uma meta de longo prazo (10 anos em diante).
Como ser mais organizada com o dinheiro?
No processo de organização financeira, é preciso entender uma conta muito simples: ganhe mais, gaste menos e faça o dinheiro render. Para colocar isso em prática no dia a dia, é essencial poupar, investir e, algumas vezes, procurar fazer algo para ter uma renda extra. São essas as ações que vão determinar o resultado de sucesso rumo a um objetivo.
Para quem tem um trabalho, a renda extra pode ser um bico nos seus horários livres. Se você gosta de dirigir, poderia atuar em algum aplicativo de carona. Se tem boa mão para cozinhar, faça e venda bolos para festas. Gosta de empreender? Adquirir uma franquia é uma excelente opção. Esses são apenas alguns exemplos, mas é você quem vai avaliar a disponibilidade para isso.
Conseguiu um dinheiro extra? Ótimo! Isso significa que você pode comprar o que quiser e não ter controle? Não! Muito pelo contrário, agora é hora de ser determinada e poupar esse valor. A partir daí, você poderá investir e fazer o dinheiro render.
Poupança, CDB ou Tesouro Direto?
Uma das formas mais conhecidas de guardar e investir dinheiro é por meio da poupança. Essa aplicação tem menor rentabilidade, mas oferece, como vantagem, a isenção da cobrança do Imposto de Renda (IR). Ou seja, o valor total e os rendimentos não serão taxados pelo IR. Além disso, o cliente pode retirar o valor quando quiser, sem ter que pagar por isso.
Já no Certificado de Depósito Bancário, o CDB, que também é usado para poupar, você empresta dinheiro para o banco de sua escolha. Nesse caso, dependendo das condições do contrato, é possível retirar o valor investido e o rendimento somente depois de algum período. Se fizer isso antes, pode acabar perdendo dinheiro.
Investir no Tesouro Direito é como fazer um empréstimo para o governo federal, sendo que existem dois tipos: no pré-fixado, é determinado valor que o investidor vai receber no prazo final; já no pós-fixado, é diferente, pois o valor final recebido pode variar de acordo com os juros e a inflação.
Decidir entre uma dessas opções é uma estratégia pessoal, mas é preciso ficar de olho em como anda a economia do país e procurar informações em jornais, sites ou revistas. Por exemplo, se a Selic, que é um tipo de juro básico, estiver acima de 8,5%, a poupança vai render 0,5% ao mês mais a taxa referencial. No caso do CDB e do Tesouro Direto, o rendimento será maior do que o da poupança, conforme o acordo e os juros do momento.
Qual é o seu perfil de investidor?
Os tipos de investimento, como poupança, CDB e Tesouro Direto, são considerados de baixo risco. Isso significa que a possibilidade de perder dinheiro é muito menor do que se optar por outras formas de investir. Algo que pode ajudar nessa decisão é saber como definir o seu perfil, que pode ser conservador, moderado ou arrojado.
Existe uma série de técnicas e perguntas que podem ser feitas para saber em qual deles você se encaixa. O conservador evita investimentos arriscados e tem tendência a guardar dinheiro. O perfil moderado costuma ouvir, pesquisar e aprender cada vez mais, planejando bem antes de tomar alguma decisão. Quem é mais arrojado está disposto a correr riscos e optar por investimentos em renda variável, como fundos imobiliários, por exemplo.
Para quem é iniciante e não pode perder dinheiro, a recomendação é começar a poupar e aplicar o valor extra em investimentos de baixo risco. Conforme conquistar mais renda e confiança, é viável iniciar em outras áreas e ser até mais arrojado, investindo em ações, por exemplo.
Quando preciso ter um plano financeiro?
A organização financeira, com todos os passos descritos acima, é algo necessário em qualquer fase da sua vida e que deve ser ensinado para crianças e adolescentes. Isso vai ajudar a desenvolver consciência com relação ao dinheiro e a responsabilidade com as obrigações do dia a dia.
Só que ela é extremamente necessária na vida adulta. Começou a trabalhar, mas ainda é jovem? Sem problemas, já pode começar a fazer o planejamento financeiro. E sempre faça economia dos gastos e poupe o que ganha. Reservar entre 10% e 15% da renda é um ótimo início.
Já tem 40 anos e acha que não dá mais tempo de investir nos seus objetivos? Tire isso da cabeça e comece a se organizar. Sempre é tempo de recomeçar, não importa a sua idade ou o tamanho do sonho. Planejar suas finanças é algo que deve estar presente na rotina da vida de todos, assim como tomar café da manhã. Ao colocar isso em prática, os benefícios, como independência financeira e estabilidade, logo vão aparecer e você sentirá a diferença no seu bolso.
Por que é crucial para quem quer ter um negócio próprio?
Mesmo sendo importante para a área pessoal e familiar, o planejamento financeiro é ainda mais necessário para quem deseja ser o próprio chefe. É uma maneira de estabelecer diretrizes para a rentabilidade e o funcionamento tanto de uma empresa quanto de uma franquia. Além disso, é um instrumento de controle de caixa e garante que as metas sejam cumpridas.
Na primeira etapa, pode ser definido o valor que é preciso para iniciar o empreendimento. Nessa fase, é necessário poupar dinheiro e conciliar o trabalho atual com o começo da criação do negócio. Depois disso, determine as metas empresariais, como o aumento do faturamento, a redução dos custos, a quitação de empréstimos e o lançamento de novos produtos.
Se optar por uma franquia, comece pelo pagamento da taxa sobre a permissão do uso da marca pelo franqueado. Em muitos casos, é possível quitar esse valor inicial em poucos meses. O passo seguinte é organizar todas as contas que serão pagas e separar o lucro para investimento. E, depois de alguns meses, você já poderá ver os resultados e a rentabilidade da franquia aumentar!
Quanto mais aplicar esses processos, analisar os resultados e promover mudanças no que não está indo bem, maior será o sucesso do empreendimento!
Quais as dicas para organizar as finanças de forma rápida?
Para acertar o passo rumo ao seu objetivo financeiro, existem algumas dicas que podem facilitar o controle das finanças no dia a dia. Para que elas funcionem, no entanto, é preciso criar uma rotina, anotando seus gastos diariamente, guardando dinheiro e investindo. A recomendação é que você faça suas anotações no fim do dia ou em um momento em que esteja mais tranquilo.
Veja como 6 dicas simples podem facilitar sua vida, evitando desperdícios e ajudando-a a poupar dinheiro. Confira!
1. Anote os gastos em aplicativos de celular
É comum o uso de planilhas no Excel e agendas para fazer o planejamento financeiro. Elas são muito úteis, mas já é possível usar aplicativos de celular para facilitar e tornar mais rápido esse processo. Essas ferramentas oferecem planilhas prontas, lembretes e gráficos para analisar despesas e receitas.
O gerenciador Minhas Economias permite ao usuário fazer o controle dos gastos e criar orçamentos. Por meio dele, também dá para programar transações e cadastrar lembretes para não esquecer de pagar as contas. O Meu Dinheiro também tem essas opções, mas traz como benefício o envio de alerta por e-mail, o que facilita muito a organização.
Já o Orçamento Inteligente é ideal para a família organizar tudo em um lugar só, pois ele permite sincronizar os dados do aplicativo em diferentes celulares. Para quem quer ter o próprio negócio, o Controle Financeiro é ideal, porque dá para separar a conta pessoal e a da empresa.
Todas essas opções são gratuitas e estão disponíveis no Google Play e no iTunes. Para encontrá-los, é só digitar o nome na busca das lojas de aplicativos no seu celular.
2. Use com sabedoria o cartão de crédito
O cartão de crédito é condenado por muitos, mas a fama de vilão da boa saúde financeira não é muito justa. Existem vários benefícios em usar esse recurso, como o acúmulo de milhas, o parcelamento de compras e, até mesmo, vantagens para certos tipos deles.
Cada compra feita com cartão gera um número de milhas. Ao se cadastrar em certos programas, você poderá utilizar todas essas milhas para comprar passagens aéreas e diversos produtos. Quem tem muitos gastos mensais e opta por usar o cartão para fazer o pagamento conseguirá acumular mais milhas.
Ele também é vantajoso para o parcelamento de compras quando você não tem o valor total ou quando o pagamento à vista não oferece desconto. Se no valor das parcelas não são cobrados juros, valerá a pena. De qualquer forma, saiba identificar as oportunidades em que realmente é melhor comprar com o cartão e use-o com sabedoria.
3. Prefira pagar compras à vista
Fazer pagamentos à vista é a melhor opção para evitar juros ou cair nas armadilhas do cartão de crédito. Nem sempre é possível, mas algumas dicas podem ser úteis. Por exemplo, quer comprar um celular que custa R$ 1.380 e que está oferecendo o parcelamento em 10 vezes de R$ 138? Uma alternativa é juntar, mês a mês, esse valor e, quando for comprar à vista, tentar um desconto.
Já sei, você pode estar pensando que quer agora o celular. Um dos pontos mais importantes do planejamento financeiro é justamente ter esse controle da necessidade imediata. Procure se questionar se é necessário mesmo satisfazer seus desejos de consumo sempre e no momento específico. Seja ponderada e procure fazer escolhas mais inteligentes para não prejudicar a sua saúde financeira.
4. Compare preços e busque promoções
Uma boa forma de comparar preços de produtos é pesquisando na Internet. Sites como Google Shopping Brasil, Buscapé e Shopping UOL já trazem essa análise de valores e, para fazer a pesquisa, basta digitar o nome do produto na busca.
Se você prefere comprar diretamente em lojas, vá em ao menos três locais para avaliar a diferença nos preços. A economia pode ser significativa, assim como guardar dinheiro para as épocas de promoções. Em períodos, como a Black Friday, por exemplo, e no início do ano, muitos lojistas fazem queima de estoque e diminuem os valores dos produtos. Fique de olho!
5. Corte gastos supérfluos
Nem sempre é fácil, mas procure cortar gastos desnecessários. Para controlar isso, planeje-se, organize suas despesas com lazer e estabeleça limites. Um truque para conter os impulsos na hora de comprar é fazer listas. Por exemplo, antes de ir ao supermercado, escreva tudo o que precisa comprar. E não vá com fome, pois as chances de acabar comprando mais do que deve é muito grande.
Se você gosta de comer fora, uma dica é estabelecer um dia da semana para fazer isso ou reduzir para uma vez ao mês, dependendo do seu objetivo. Uma pesquisa mostrou que o custo da refeição fora de casa aumentou 8% em 2016. Portanto, controlar esses impulsos pode ajudar a economizar.
6. Viva de acordo com o seu padrão financeiro
Outra recomendação essencial é viver de acordo com o seu padrão. Isso significa avaliar se o que tem ou o que quer comprar está de acordo com os limites da sua renda. Tente ser o mais realista possível nesse momento.
Fazer um planejamento financeiro exige persistência e determinação. Os resultados vão aparecer com o tempo, conforme o avanço na organização das finanças, no controle das despesas, no aumento das economias e nos investimentos certeiros. A prática é útil para qualquer pessoa, mas, principalmente, para quem deseja ter independência financeira e abrir o próprio negócio.
Manter todas essas etapas em mente e fazer análises diárias do seu orçamento vão garantir a realização das suas metas, objetivos e sonhos. E o melhor de tudo isso: vai garantir tranquilidade no futuro, satisfação pessoal e profissional, além de dinheiro no bolso!
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